
3 coisas óbvias mas não tão óbvias assim que entendi – de uma vez por todas – fazendo terapia
Numa das minhas últimas conversas de 2020 com minha psicóloga falei pra ela que, se eu tivesse muito dinheiro (muito mesmo) e quisesse presentear uma pessoa especial, um pacote de sessões de terapia com um profissional qualificado estaria no topo da lista de possíveis presentes.
Quero trazer esse tema hoje (e provavelmente mais vezes futuramente) porque foi por incentivo de pessoas muito queridas e que gostam muito de mim que busquei ajuda e consegui me reconectar com minhas vontades e princípios.
Tenho total noção dos meus privilégios e que frequentar um bom profissional é algo que pouquíssimas pessoas tem acesso. Meu objetivo aqui não é vender que você precisa comprar sessões de terapia e gastar horrores, mas sim fazer uma pequena reflexão e listar 3 coisas que couberam na minha vida, ajudaram com os meus problemas e me fizeram dar um novo sentido ao que eu estava fazendo.
Eu juro que, agora que comecei a me entender e a botar os pingos nos i’s da minha própria vida – tudo parece óbvio. É lógico que a gente precisa resolver nossos problemas. Mas quando estamos bem no olho do furacão e nem percebemos que eles estão ali é extremamente desafiador saber o que fazer. Problemas familiares, relacionamentos mal resolvidos, dificuldade para escolher e me encontrar numa carreira, gagueira na adolescência (que trago resquícios até hoje), medos inexplicáveis, mudança de cidade, cobrança por parte dos outros, auto cobrança.. eu sabia desses pontos da minha vida, que eles poderiam gerar traumas, mas sinceramente acreditava que eu poderia resolver, que não tocando no assunto e seguindo um dia de cada vez ia tapar esses buracos e dar um fim em qualquer possível dor.
O que a gente enfrenta, a gente resolve – falar sobre algum problema, em voz alta, para alguém que me acolheu da forma mais profissional possível – sem julgamentos, me fez perceber como temos coisas para enfrentar e que uma hora ou outra a corda arrebenta – isso quer dizer que, por mais confortável que isso seja, não da pra ficar ignorando eternamente os nossos problemas.
Se eu não decidir por mim, os outros decidem (de forma consciente ou inconsciente) – abrir mão de escolher, também é uma escolha. Quando fui orientada a me questionar mais sobre as minhas vontades e o que eu acreditava ser melhor para mim pude perceber uma movimentação diferente na minha vida. Parece que comecei a enxergar tudo com muito mais clareza e que decidir por mim tornou tudo mais leve.
Por fim: precisamos separar as coisas – acredito que esse ponto esteja intimamente ligado com independência e segurança e dependendo do nosso momento isso leva tempo. Só que, bater o martelo e tomar decisões que parecem ser difíceis pode ser o que falta pra deixar tudo melhor resolvido. Separar o dinheiro, do relacionamento, do home office, da família, da hora de descansar e identificar onde cada coisa deve estar, pode organizar a nossa mente e nos deixar mais focados no que realmente estamos buscando, sem jogar a culpa dos problemas da nossa vida, exclusivamente nas outras pessoas.
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