Vida

Estamos focando no que é essencial ?

Começo esse texto sendo super otimista e criando um cenário onde você dorme 8 horas por dia e se envolve com seu trabalho outras 8. Isso quer dizer que sobra 1/3 do seu dia – que aqui vamos chamar de tempo livre. Você o usa como bem entender: dedicando algumas horas a si próprio, ao seu corpo e sua saúde, cuidando dos seus relacionamentos ou mantendo sua casa limpa.

Sei que essa foi uma divisão extremamente básica e pouco realista dos nossos dias, mas, depois de fazer essa breve reflexão percebemos que preencher esse tempo com coisas que nos trazem retorno e são essenciais seria algo extremamente fácil, certo?

Então porque é que nós insistimos em perder tempo com coisas que não nos acrescentam nada?

No livro, O Essencialismo – A disciplinada busca por menos, que você pode comprar clicando aqui , Greg McKeown escreve sobre as dificuldades que temos para discernir o essencial do não essencial. São tantas as possibilidades, os convites e as metas no trabalho, que parece que tudo se tornou indispensável e que por pura pressão social nos sentimos na obrigação de criar um espaço na nossa agenda, que teoricamente já está cheia, para dar conta de tudo e agradar a todos.

Sentimos culpa por falar a palavra não sem perceber que, todo sim que falamos para alguma coisa é um não que falamos para outra.

O jantar para fazer uma social com um grupo de pessoas que você nem é tão chegado, mas aceita o convite por educação ou porque pode causar alguns comentários se você estiver ausente. Aquela atividade que seu chefe pediu para você “encaixar” na sua lista de prioridades, pedido esse que, dependendo do conteúdo anterior dessa lista, vai resultar em alguma ou algumas coisas mal feitas – porque no fundo você sabe que não da pra fazer tudo com a excelência que essas atividades exigem ou pior – temos dificuldade em falar aquele não que vai impor limites no comportamento dos outros conosco, porque pode parecer rude – porque pode ficar chato.

Desperdiçamos nosso tempo e energia na função de outras pessoas, fazendo coisas que não gostamos, escutando coisas que não merecemos, cuidando de atividades que por vezes não são da nossa responsabilidade, indo a lugares que não queremos, buscando aprovação daqueles que não são importantes, além claro das redes sociais que nos geram curiosidade sobre tudo – o divórcio do casal famoso, a última indireta que a ex amiga postou e o quão estranho ficou a harmonização facial de fulana.

Começamos a negligenciar nossa saúde, nossos hobbies e até o nosso sono. Deixamos de entregar um bom trabalho por conta da altíssima demanda, comprometendo nosso horário de almoço e nos afundando nas horas extras para tentar dar conta de tudo. Nos afastamos do que e de quem realmente importa e  problematizamos coisas que não são problema em vez de resolver aquilo que realmente é essencial e indispensável ser resolvido.

O valor do nosso tempo é imensurável – não porque somos seres super especiais, mas sim, porque ele não volta. Assim como alguns estágios da nossa saúde, não temos como recuperar o tempo perdido da nossa vida, e é essa reflexão que eu gostaria de deixar aqui. O que é essencial pra gente viver? O que realmente precisamos nos nossos relacionamentos e nos nossos trabalhos?  Nos cuidamos como deveríamos? Estamos focando no que é realmente importante?

A pergunta chave é – qual sim podemos eliminar das nossas vidas em busca da nossa integridade – do que é essencial e importante para nós mesmos?

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