Precisamos – urgente – confiar mais em nós mesmos
Por que sofremos de tanta falta de confiança em nós mesmos ?
Parece que ao mesmo tempo que queremos e estamos muito confiantes sobre algo que nos identificamos e acreditamos no propósito, somos travados por um misto de sentimentos. “O que os outros vão falar”, “acho que ainda não sei o suficiente”, “não sei se ficou bom” entre outras famosas frases que soltamos o tempo todo sobre nossos projetos e decisões.
O texto de hoje trata sobre as inseguranças que temos em nós mesmos e qual a relação do efeito Dunning-Kruger em tudo isso – e sério – se você já teve inseguranças sobre algo que gostaria de fazer vai se identificar e perceber como a pesquisa dos psicológos David Dunning e Justin Kruger faz todo sentido.
Tenho uma amiga, que desde a época da faculdade é extremamente criativa e gosta de se envolver com coisas que envolvem edição, design e planejamento. Em todos os trabalhos ela era responsável por montar os slides da apresentação, que além de ficarem lindos e com todas as cores combinando entre si, eram super organizados e otimizados – iam direto ao ponto. Muitas pessoas não gostam de fazer os slides, mas lembro que pra ela, aquilo era extremamente prazeroso e fácil.
Hoje ela é engenheira formada não atuante na profissão e proprietária de uma loja de semijoias online incrível e – digasse de passagem – a cara dela. Ela simplesmente fez tudo da marca.
Os templates utilizados, a idealização da paleta de cores, os conteúdos das mídias sociais além de ser a fundadora, fotógrafa, modelo, gestora de marketing, central de relacionamento e motoboy nas horas vagas. As interações com os clientes, a gravação e edição de todos os vídeos da página, a escolha do fornecedor e, principalmente, o cuidado com que cada peça da loja caiba dentro daquela identidade.
O crescimento totalmente orgânico é uma das coisas que eu mais admiro. Cada novo conteúdo mostra como tudo é e esta sendo construído com amor e dedicação. Ela sabe o que está fazendo, tem conhecimento para utilizar as ferramentas e expor sua opinião sobre os assuntos que fala, assim como, tem total capacidade de aprender e se desenvolver em coisas novas. Ela faz vídeos, tira fotos incríveis e tem muito talento. E por fim, literalmente ama o que faz.
Assim como o trabalho de outras amigas empreendedoras, sua dedicação é impecável. Sempre está em busca de referências e demonstra preocupação em trazer autenticidade e agregar valor ao seu público.
Em resumo, você já conseguiu entender o quão capazes e incríveis elas são – né?!
Em todos os âmbitos das nossas vidas cruzamos com as mais diversas personalidades de indivíduos, mas vamos destacar duas específicas, que elucidam o efeito Dunning-Kruger:
Personalidade A – Pessoas que sabem muito, que realmente estudaram e se dedicaram a algo, mas que por falta de confiança ou por uma autosabotagem, acreditam não terem tanta capacidade de se sairem bem naquele momento – que ainda não chegou a hora certa. Não tem muita certeza se devem defender suas ideias para o mundo e acreditam fielmente que os outros estão mais preparadas do que elas para “assumir a bronca”.
Personalidade B – Pessoas que não sabem praticamente nada, que não estudaram, não fazem ideia do que estão falando, não tiveram um pingo de dedicação àquele assunto, mas que acreditam que sabem tudo. Que na verdade sabem muito e que aquela sua ideia, aquele seu falso conhecimento é suficiente, e que ele deve sim esparramar sua ideia pro mundo. Por que ela confia em si e acredita naquilo – por mais absurdo que soe para os outros.
Obs: Vamos lembrar que são as inúmeras personalidades espalhadas pelo mundo. Então sim, existem pessoas super confiantes e super competentes – como ao contrário. Aqui estamos nos baseando em pesquisas científicas e dados coletados para esse determinado fim.
A competência real pode enfraquecer a nossa autoconfiança, levando pessoas extremamente capacitadas a sofrerem uma inferioridade ilusória – a acreditarem que ainda não está bom ou não é suficiente. Assim acontece ao contrário. Pessoas com pouco conhecimento sobre um assunto acreditam saberem mais do que pessoas realmente preparadas. Essas pessoas são tão confiantes na sua superioridade ilusória que a sua pŕopria incompetência trava sua capacidade de reconhecer seus erros.
Tenho uma conhecida que nunca se dedicou pra nada. Tinha ideias extremamente tortas sobre a vida e como conseguir as coisas. Olhava apenas para o seu próprio umbigo e para as suas vontades, mesmo que para isso fosse necessário infernizar a vida daqueles que estivessem ao seu redor. Falava e fazia coisas extremamente absurdas aos olhos dos outros, mas que para ela, eram extremamente normais e coerentes. Só que ela era extremamente confiante em si e acabou fazendo uma lista de coisas incríveis.
Ela tomou diversas decisões precipitadas, sem coerência, meteu os pés pelas mãos e ficou em maus lençois em diversas vezes – mas nunca admitiu isso.
Isso quer dizer que – pessoas confiantes ganham mais espaço, vendem a sua ideia, dão sua cara a tapa – independente de estarem certas ou não. Pessoas pouco confiantes, por mais preparadas e capacitadas, acabam perdendo espaço e oportunidades – acabam se autossabotando e vivem em uma constante busca pelo momento e condições perfeitas.
Precisamos exercitar – pra ontem – a confiança em nós mesmos. Chegou a hora de parar de duvidar da qualidade do nosso trabalho, dos nossos dons e do que amamos fazer. A confiança, usada da maneira correta, andando lado a lado com nossas competências, ainda nos levará a lugares que nem imaginamos.
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