Vida

Vamos falar sobre moda

Se tem uma coisa em que eu nunca fui muito ligada são as tendências da moda. Pra ser bem sincera, nunca me importei muito com isso. Não sou uma compradora compulsiva e o saldo da minha conta bancária nunca me permitiu sair de uma loja com sacolas e mais sacolas. Além disso, se você me conhece ou se já leu meus outros textos, sabe que procuro ter um estilo de vida mais minimalista.

Confesso que, ao mesmo tempo que procuro ser desapegada das tendências, já me senti mal por não estar dentro de um padrão. Já me senti deslocada em um grupo de amigas por ser uma das poucas a não acompanhar as blogueiras e o que elas estavam usando ou por experimentar algo que todo mundo está vestindo no momento e odiar a peça no meu corpo.

Acredito que a forma que nos vestimos está extremamente conectada com as nossas personalidades, nosso dia a dia e nossa autoaceitação. A peça valorizar o corpo, o acessório ser bonito, ou o look estar numa paleta de cores totalmente coerentes entre si – precisa vir depois.

Eu comecei a comprar roupas diferentes e a descobrir o estilo que gosto há mais ou menos uns três anos. E mesmo sabendo as cores, os cortes e os tamanhos que me sinto mais à vontade, vire e mexe alguma coisa muda. Descubro que uma cor diferente pode ficar legal, transformo uma calça que não gosto em uma que não quero mais tirar do corpo só dobrando a barra e depois de desconstruir algumas coisas, entendi que não preciso ter a barriga chapada para me sentir bonita usando um cropped.

Pra ser bem sincera, nunca fui muito ligada às tendências, mas nos últimos tempos, a possibilidade de experimentar coisas diferentes e sair aos poucos da minha zona de conforto começou a me agradar. É um processo lento mas que estou amando viver.

Na última semana o pessoal da @fianco.store, propôs um desafio de interação com as suas seguidoras lá no seu perfil do instagram. Além de nos fazer pensar fora da caixa – literalmente – o desafio fez com que tivessemos outro olhar para nossas roupas.

Foram 4 dias e 4 looks. Monocromático – com mix de estampas – com uma peça esquecida lá no fundo do armário e seguindo alguma inspiração. Em todos os dias, fiz o máximo possível para não usar mais do mesmo – para inovar e tentar coisas diferentes – sinceramente fiz uns testes que ficaram péssimos. Transformei saia em vestido, uma camiseta em cropped, usei duas peças estampadas (coisa que jurei nunca fazer) e me inspirei no look da minha personagem de série favorita.

Antigamente eu usava muita a frase “não tenho roupa” como uma desculpa pra comprar algo novo. Não olhava minhas coisas com atenção e não usava a imaginação para criar um look diferente com o que eu já tinha. E aí, na maior parte do tempo, eu escolhia peças extremamente específicas, que não tinham nada a ver comigo, não “conversavam” com outros itens do meu guarda roupa e que eu acabava usando uma única vez.

Mesmo com um guarda roupa minimalista, participar do desafio da @fianco.store me fez perceber como tenho possibilidades bem legais para escolher todos os dias, que vão desde o casual a composições mais elaboradas e, unindo essa última semana com o que eu já construía de conceitos sobre moda, reuni os seguintes pontos – que acho extremamente válidos compartilhar:

1 - Nós precisamos ter critérios na hora de comprar.

Eu preciso? Combina com algo que eu já tenho? É o meu tamanho? Quantas vezes eu vou usar?  Cabe no meu orçamento? Já não tenho alguma peça muito parecida? Vale a pena pagar o preço que está sendo cobrado / será que não encontro uma peça igual, com a mesma qualidade por um valor menor? Entre tantos outros exemplos..

Efetuar uma compra com base em critérios minimamente coerentes ajuda e muito a evitar o “comprei e não usei” ou encontrar o mesmo item alguns dias depois em outra loja por metade do preço.

Lógico, nossos conceitos de critérios coerentes podem ser diferentes. Nesse caso, ignore tudo que você leu. 

2 - "Todo mundo está usando" / "todo mundo tem" não é um critério coerente.

O ficar bem numa outra pessoa e estar na moda, por mais contraditório que pareça, jamais poderia ser considerado como um critério decisivo para efetuar uma compra. Por que não faz sentido. Por mais bonita que uma peça ou um acessório seja, nós somos pessoas totalmente diferentes umas das outras.

Tie-dye, um colar com pingente de lacre de latinha, meia calça arrastão, uma pochete, um óculos de sol mais diferentão, um brinco de ursinho, estampas animal print, um body em tons neon, esmaltes em tons pastéis, bota tratorada, um vestido com calça (pq gente pq?) e quaisquer outros exemplos do que é ou já foi tendência.

O ponto aqui é personalidade. É trazer a nossa identidade nas nossas roupas.

Nós estamos comprando porque realmente gostamos e nos identificamos com aquilo ou porque caiu super bem no outro – ou pior – uma blogueira falou que era lindo?

Caso seu conceito de critério coerente for diferente do meu,  jogue esse tópico fora também – na verdade jogue o texto inteiro. 

3 - Podemos nos surpreender ao sair da nossa zona de conforto.

Eu já fui a rainha da zona de conforto, inclusive usava o conforto como desculpa para não tentar nada diferente.

Se tem uma coisa que eu amo, mas infelizmente a pandemia dificultou um pouco, é ir a uma loja e experimentar roupas. Principalmente aquelas roupas que eu bato o olho e falo que não tem nada a ver comigo. E sim, tem roupa que não combina mesmo, que não fica legal e que da vontade de chorar de tão ruim que ficou, mas sempre consigo me surpreender com algo. Um tecido, uma cor, um corte diferente. Boas ideias sempre surgem, claro que, desde que eu me identifique e goste delas.

4 - Precisamos ser autênticos e nos vestir da forma que amamos.

Autenticidade parece uma característica em baixa nos tempos de hoje. Somos influenciados o tempo inteiro a comprar o que não precisamos, não gostamos, que não cabe nos nossos orçamentos e que não tem nada a ver conosco.

Manter o nosso estilo, de acordo com o nosso dia a dia e com o que funciona para nós, também pode ser um desafio, visto que passamos grande parte do tempo nos comparando uns com os outros.

Mas não adianta, sermos nós mesmos é o que funciona. Independente se seguirmos ou não as tendências, de estarmos tão bonitas ou tão arrumadas como outras meninas ou de saber quais são as cores complementares na hora de vestir uma roupa.

Manter nossa personalidade viva e o que gostamos é o que mais importa no final das contas. Focar no que acreditamos ser bonito para nós e no que queremos usar. Fazer o nosso próprio estilo e colocar a nossa carinha no que usamos é a chave.

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