Vida

As coisas que “fogem do nosso controle”

No começo desse ano eu tinha um plano muito claro sobre a produção de alguns artigos aqui do blog. Um dos meus objetivos era lançar uma série de textos sobre a minha transição de carreira e falar da forma mais transparente possível sobre tudo o que vivi e quais motivos me fizeram largar um diploma de graduação em engenharia – sem pensar duas vezes. 

Além disso, considerando que em 2021 temos 52 semanas e que todo começo de semana tem um texto novo, o meu maior desejo era transformar o blog em um canal de boas lembranças. Eu tinha inúmeras ideias, tinha um cronograma de escrita para o meu tempo livre e uma lista de temas e pequenos parágrafos já escritos que eu gostaria de utilizar em algum momento. 

Acontece que nas primeiras semanas do ano, minha vida saiu dos eixos. No fundo já sabia que isso ia acontecer, era uma questão de tempo. Eu não tinha cabeça, muito menos foco para produzir conteúdos que eu considerasse trazer pra cá. Acabei jogando meu cronograma fora. Precisei parar, olhar pra mim e entender o que estava acontecendo e como ia seguir a partir dali. 

Em três meses tudo mudou muito.

Minha vida fugiu totalmente do caminho que eu esperava que ela seguisse mas eu sabia que era a única responsável em colocar as coisas no lugar novamente e em arrumar o que eu gostaria de arrumar. Era eu quem determinava o que eu queria e o que eu não queria. Cabia a mim me desculpar pelo que não foi legal e mudar minhas atitudes.

No fim, a gente fala que as coisas fugiram do nosso controle, mas isso é mentira. Estamos no controle 24 horas por dia – 7 dias da semana. Em cada sim e não que falamos. Em cada pequena escolha que fazemos. Somos extremamente responsáveis por manter nossa vida nos eixos ou deixar que ela se desfaça de vez. Nós gostamos de terceirizar determinadas culpas e responsabilidades, mas no fundo, elas pertecem a nós mesmos. 

Errar a mão e se perder no meio do caminho é normal e muitas vezes fundamental. O que aconteceu comigo foi uma virada de chave extremamente essencial e necessária na minha vida. Me mostrou as diferentes perspectivas de uma mesma coisa. Me ensinou a não duvidar nunca do que eu quero e do que eu posso conseguir.

Esse tempo sem seguir os cronogramas do meu projeto, arrumando a vida, iniciando novos ciclos e andando um passo de cada vez, abriu margem pra todo conteúdo que está sendo produzido agora pro blog. De um jeito muito mais maduro e sensato.

Obrigada por estar aqui comigo. Por acreditar no que eu escrevo e por se identificar com o que você lê. Atrás dessas palavras existe uma pessoa extremamente real, cheia de sentimentos, medos, sonhos e vontades. Uma pessoa que compra uma agenda e não usa, que organiza um cronograma de postagens e falha com muito sucesso, mas que coloca muita força de vontade e carinho em tudo que faz. 

Essa semana você vai ler – finalmente – a continuação desse texto sobre minha transição de carreira. Posso ser falha em muita coisa, mas o orgulho de buscar algo diferente do meu diploma e sair da zona de conforto nuinguém me tira – de compartilhar minha vida num blog também não – mas isso é só um detalhe. 

Clique aqui e me conheça um pouquinho melhor 🙂 

Leia aqui um dos meus textos preferidos do blog. 

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