Sobre presença.
Até poucas semanas atrás, nunca tinha tido a iniciativa de pensar exclusivamente sobre a presença. É tão fácil e tão difícil ao mesmo tempo, estarmos presentes. Fácil porque (teoricamente) a época em que vivemos nos permite um melhor aproveitamento do tempo que temos disponível. Difícil, porque temos uma dificuldade gigantesca em entender que esse tempo é finito.
Não adianta… quando queremos fazer tudo e abraçar o mundo com os braços e pernas, alguma coisa foge do nosso controle.
É o seguinte: o dia só tem 24 horas e, de vez em quando, vamos precisar escolher onde estaremos mais presentes. É impossível estar presente – com qualidade – o tempo todo em todo lugar, fazendo tudo que queremos ou que precisamos, então questionamentos como: “O que vamos fazer? Qual área da nossa vida merece mais atenção nesse momento? O que conseguimos e o que não conseguimos equilibrar?” precisam estar frequentemente nas nossas cabeças, se não, estaremos fadados a fazer sempre tudo meio que pela metade.
Pra mim, ficou muito claro que um dos fatores determinantes para estarmos ou não presentes em certos cenários é o propósito… afinal de contas, porque fazemos ou escolhemos determinada coisa?
Não estamos falando da presença física apenas. Estamos falando da intenção, da preocupação, da intimidade e do comprometimento. De estar de verdade aqui.
Ser ausente é grave, mas não tão grave como ser aquele presente – ausente.
O presente – ausente acha que consegue prestar atenção em duas reuniões do trabalho ao mesmo tempo – que escutar música, rolar simultaneamente o feed do instagram e conversar, funciona e que dinheiro sempre é o salvador da pátria. Essa pessoa sabe que isso não funciona e tenta, a todo custo, preencher as lacunas ali deixadas.
Quantas vezes já estivemos nesse papel… não é?
Quantas vezes estivemos na posição de só querer alguém presente…
De vez em quando é bom que a gente pare e lembre dos porquês.
Por que escolhi estar em um relacionamento? Por que escolhi trabalhar que nem uma louca 15 horas por dia? Por que escolhi ter filhos? Por que escolhi fazer uma dieta e priorizar minha saúde? Por que escolhi fazer uma segunda faculdade?
Nossas escolhas são extremamente importantes e para que elas realmente cumpram o seu propósito, precisamos estar presentes.. se não, qual o sentido?
Momentos importantes voam e, num piscar de olhos, eles já não estão mais aqui. Quando nos damos por conta, eles já foram embora.
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