A Biblioteca da Meia-Noite (review)
Nota importante: esse review não contem spoilers do livro.
Eu realmente acredito que essa deveria ser uma daquelas leituras obrigatórias pra vida – sério. O Matt Haig conseguiu criar um cenário o qual, mesmo sem querer, é muito fácil nos identificarmos com a história. Juro que da vontade de pular dentro do livro e viver o que os personagens estão vivendo.
Não sei você, mas eu – por inúmeras vezes – me questionei como meu caminho teria sido, se tivesse escolhido diferente lá no passado.
“Onde é que eu estaria agora?”
Não em tom de arrependimento, até porque se você já leu meus textos, sabe que sou da opinião que não da pra gente ficar se arrependendo das nossas escolhas – nós escolhemos e ponto, mas sim em tom de certeza de que: de fato tudo (inclusive aqueles mínimos detalhes) poderia ter sido muito muito muito diferente. O círculo social, o trabalho, o relacionamento amoroso, a conexão com amigos e família, a condição financeira…
O livro conta a história de uma mulher na casa dos seus trinta e poucos anos que coleciona uma mala (se pudessemos materializar seria tipo isso) de arrependimentos da sua vida. Ela sente culpa por não ter investido mais tempo nos seus sonhos de menina, no relacionamento com seus pais e amigos, por ter abandonado um relacionamento amoroso que tinha tudo pra dar certo, e por não ter uma vida tão bem sucedida como se espera de uma mulher da sua idade.
A personagem literalmente vive dento de um buraco. E acredite, eu já me senti em uns buracos muito semelhantes – algumas vezes.
Agora imagine se nós tivessemos o poder (e privilégio) de ver com nossos próprios olhos o que teria acontecido com as nossas vidas se tivéssemos investido nos nossos sonhos, relevado ou cortado pela raíz determinadas situações, insistido em certas amizades ou escolhido uma outra profissão completamente diferente da que exercemos hoje… como se para cada escolha (das maiores às menores – como o que escolhemos comer ou por qual rua vamos caminhar hoje) existisse um universo paralelo possível e real.
Nem sempre aquelas coisas que estão ruins nas nossas vidas – seriam melhores se tudo tivesse acontecido de outro jeito. A gente se engana muito ao acreditar que aquele cenário em que nos encontramos é o pior cenário possível – por mais que muitas vezes, ele pareça o fim do mundo.
Um livro cheio de reflexões e insights que podemos trazer para as nossas próprias realidades. Tenho certeza que você não vai se arrepender de adicionar ele na sua lista de leituras para 2023.
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A foto de capa foi retirada da internet (em uma qualidade terrível), para um próximo review – eu mesma serei a responsável por fotografar o livro. Isso quer dizer que vai ficar muito bom ou muito péssimo (vamos aguardar).
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